Tenho Distrofia Muscular Progressiva

Tenho- Distrofia Muscular do tipo Cinturas – DMC: Incidência: 1/10.000 a 20.000 nascimentos de ambos os sexos. A DMC inclui pelo menos 17 sub-tipos diferentes. Os músculos da cintura escapular (região dos ombros e dos braços) e da cintura pélvica ( região dos quadris e coxas) são atingidos levando à fraqueza muscular progressiva. Os sintomas se iniciam com fraqueza nas pernas, dificuldades para subir escadas e levantar de cadeiras. Após um período, que pode ser bem prolongado, apresentam-se sintomas nos ombros e braços, como dificuldade para erguer objetos. O envolvimento do músculo cardíaco é infreqüente na maioria dos sub-tipos Sou Rita de Cássia natural do estado de Goias, moro em Goiânia, Filha de Zeni Silva e Clodoaldo Ferreira (falecido), tenho 8 irmãos que são ;Marco Aurélio, Maxuel, Walkiria, Jozenita, Jozelito, Joilson, Willian e (Geise faleceum em 01-03-18). *Minha mãe tem nove filhos, sou a segunda filha mais velha. Sempre trabalhei em casa de família pra ajudar no sustento de casa. Casei-me muito jovem, com um homem 20 anos mais velho que eu. Desta convivência tive um lindo casal de filhos, construí alguns bens matérias. Em minha 2º gravidez iniciou-se os sintomas da distrofia, percebi quando não conseguia segurar o bebê para dar banho, dores na panturrilha e algumas quedas. Com apenas 21 anos de idade, foi diagnosticado Distrofia Muscular Progressiva Cinturas Tipo 2A CID- 10-G-71. 0. Depois desta descoberta não tive apoio do marido onde ele dizia não querer uma mulher aleijada, sofri agressão física e verbal, dizia ele que a doença era minha invenção para estar com os médicos, nos separamos, saí deste casamento com duas crianças pequenas para criar, uma doença progressiva e as duas mãos para trás. Passei fome! A ponto de comer mingau de fubá com açúcar no café da manhã e com sal no almoço. A doença piorou, mas sempre encontrei forças para lutar. Graças a Deus consegui educar muito bem meus filhos, ensinei valores, princípios, regras, onde tiveram amor e limites, os preparei para entrar e sair de qualquer lugar com repeito e honestidade. Fiz muita economia, trabalhei até 15h por dia, muitas vontades e desejos passaram, privei-me de muitas coisas, ex: vontade de comer um lanche, uma pizza, um x-salada, um sorvete, um passeio, um momento de lazer com família e amigos. Com tantas privações um carro consegui comprar, não me envergonho em dizer que fui à concessionária buscar este veículo de chinelo, pois nem uma sandália possuía, tinha apenas duas calças jeans, que quando perdia a cor, comprava tinta no supermercado para pintá-las. Foi assim, com muitos sacrifícios, que consegui comprar este carro, que para mim é minhas pernas, meu meio de ir e vir além de sonho realizado ( foram 20 anos de muita economia pra conseguir o carro que hoje tenho). Depois de criados, meus filhos em busca de liberdade foram morar com o pai, saíram de casa em 2004, desde esta data deixaram de participar de minha vida, neste mesmo ano fui para cadeira de rodas. Mas graças a Deus hoje tudo bem. Maio de 2016 do nada passei mal, fui internada tive que retirar a vesícula, onde sai entubada do centro cirúrgico ficando três dias na UTI). Sinto a piora todos os dias, 2020 posso dizer que estou parando de dar os poucos lentos passos que ainda consigo, agosto de 2021 depois de uma forte queda, parei de levantar da cama, e de ficar de pé(parei de andar 100% cadeirante) passei a tomar banho sentada e a depender mais de terceiros, estou a cada dia mais sem equilíbrio e sem forças , dificuldades para vestir roupas fechadas, pra levantar os braços, erguer objetos,abotoar roupas e calçados, pentear os cabelos, escovar os dentes, mês de Junho de 2015 iniciou-se os problemas cardíacos, respiratórios provenientes a DMC (já faço uso contínuo de medicamentos), a cada dia sinto-me com mais limitações e dependências, dentre inúmeras dificuldades que só estando comigo no dia-a-dia para conhecer e entender.. Os tratamentos em São Paulo no genoma humano foram interrompidos por falta de $$$$ e devido o estado GO não mais arcar com as passagens pelo TFD ( tratamento fora de domocilio) alegando que podemos manter o acompanhamento no CRER ( Centro de Reabilitação e Readaptação Dr Henrique Santillo). Enquanto a pesquisa está em laboratório, precisamos continuar a lutar contra esta doença que, dia após dia nos tira um pouquinho de vida, a gente deita de uma forma e acorda deixando de fazer algo porque a doença nos limita de forças, movimentos e equilíbrio. Este foi e é um pedacinho de minha realidade. Espero poder mantê-los informados do que vem por aí. Se você tem algum problema de saúde ou não, espero que com esta história você(s) tire algo de bom e vejam que, mesmo com limitações e dependências, somos capazes de alcançar grandes horizontes. Mesmo que seus familiares ou alguns que você ama não tiverem tempo pra você, devido o corre corre da vida, ou falta de afeto, não desista de lutar, não perca seus sonhos, não desanime jamais, não aceite NÃO como resposta se você pode ter o SIM Carinhosamente grande abraço. Rita de Cássia

18 de fevereiro de 2021

Valéria Souza

Valeria Souza tem distrofia muscular e vem nos alegrando com seus videos e talento. Parabéns
 @insubordinada ( instagram)

Heitor dançando

Heitor dando um  show na dança. Parabéns meu garoto

Rafa em sua cadeira motorizada


Acompanho o amor desses pais em relação ao seu filho Rafael . Eles são para mim meus amores onde sou prova viva da luta, das privações e sacrifícios desses pais para o melhor pro Rafinha, hoje esta conquista de ter a cadeira motorizada é para eles a realização de um sonho para que Rafael venha ter mais liberdade no ir e vir, dentro de casa, na escola e até em brincar com seus amiguinhos já que é tão limitado não podendo fazer o que toda criança e adolescente saudável faz. Aproveita Rafael!

Amor e muito amor


Ela se emocionou e nos emocionou com tanto carinho e amor . Estou encantada com o carinho de todos , com a força e apoio que todos dão a ela, assim deveria ser toda família, onde a amor e participação presencial a uma excelente recuperação. Parabéns a todos

15 de fevereiro de 2021

Tapa no VISUAL


Alguns pensam que algumas PCD não se arrumam por serem acomodadas, saibam que muitos não conseguem devido a deficiência, falta $$ para comprar o básico para seus cuidados corporais, ou até mesmo falta de $$ para pagar alguém para isto, outros porque dependem de alguém e a família não faz achando que o deficiente não precisa desses cuidados. Eu e algumas mulheres com mobilidade reduzida que ainda temos um pouco de movimentos, tentamos!!! neste vídeo tentei mostrar que mesmo com as dificuldades eu tento me arrumar. As mulheres PCDs são vaidosas, também sentem desejos de se arrumarem , serem sensuais e atraentes. Somos mulheres assim como você, cada uma c seus valores e essência.

Saindo da cama para cadeira de rodas


A distrofia muscular progressiva é uma doença incurável que dia pós dia limita a pessoa de forças, equilíbrio e movimentos. aparentemente estamos bem ne? mas só quem vive ao nosso redor conhece a realidade e ver a piora desta terrível doença. Me ajudem a pedir a cura, eu e muitas pessoas sofremos dessa patologia maligna

o que escolas particulares não querem que vocês pais de filhos deficient...


Dr Thyago Helton Infelizmente, o triste episódio vivido pela influenciadora digital Verônica Oliveira @faxinaboa, que teve a matricula do filho autista negada, é apenas mais um dentre os incontáveis casos de discriminação enfrentados pelas pessoas com deficiência e famílias em nosso país. Por isso decidi gravar esse vídeo para orientar a sociedade interessada sobre as diversas repercussões que esse tipo de conduta pode provocar. Até quando vamos aceitar isso? O que você tem feito pra contribuir nessa luta? Não podemos nos calar! Por favor, COMPARTILHE este vídeo para que mais famílias fiquem atentas e aprendam a agir no combate a toda e qualquer forma de discriminação por parte das escolas particulares. ♿🔥